Mergulho em águas rasas pode causar lesões graves na coluna

 

Prática comum entre crianças e adultos durante as férias de julho, o mergulho em piscinas, rios, lagos e cachoeiras pode representar um verdadeiro perigo para a saúde. Isso porque a água, observada superficialmente, estando clara ou não, dificulta a noção de profundidade antes do pulo.

Jovens com idade entre 10 e 29 anos são os principais afetados, com fraturas que variam de traumas ligamentares ou musculares de rápida cicatrização a luxações na coluna, quadro em que uma vértebra sai do lugar. “Na maioria dos casos, as lesões provocadas são cervicais, podendo ocorrer até fraturas”, conta o ortopedista e traumatologista André Luiz Cardoso, um dos diretores da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Goiás (SBOT-GO) e membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC).

Graves, os diagnósticos de fratura e luxação podem levar a alterações neurológicas, com impacto na perda da sensibilidade ou, então, na ausência da força muscular em até quatro membros do corpo, segundo o especialista. “A manipulação do indivíduo lesionado sem o conhecimento ou a imobilização adequada pode levar à piora, por isso a vítima deve ser levada somente até fora da água e aguardar a chegada de ajuda especializada”, acrescenta André Cardoso.

No hospital, após avaliação médica, os tratamentos corretivos variam de acordo com a gravidade do trauma. Em casos leves, o ortopedista recomenda o uso do colar cervical de espuma, enquanto em situações severas há o apontamento para cirurgias, que podem ser realizadas pela frente ou por trás do pescoço e, em ocorrências mais complexas, pelas duas vias.

 

Evite acidentes
Maneiras de evitar lesões medulares em águas rasas, de acordo com a SBOT E SBC:
1 – Não mergulhe em águas turvas.
2 – Quando der um mergulho, não o faça de cabeça.
3 – Antes, entre na água em pé para se certificar sobre a profundidade.
4 – Não beba antes de mergulhar.
5 – Evite empurrar os amigos para dentro d’água.
6 – Não é recomendado testar os movimentos do acidentado, tentar levantá-lo ou sentá-lo, pois isso pode agravar uma possível lesão medular.

 

 

Prática comum entre crianças e adultos durante as férias de julho, o mergulho em piscinas, rios, lagos e cachoeiras pode representar um verdadeiro perigo para a saúde. Isso porque a água, observada superficialmente, estando clara ou não, dificulta a noção de profundidade antes do pulo.