Após último TEOT, Brasil tem 10 mil ortopedistas


Os médicos candidatos à titulação como ortopedistas se submeteram a um exame escrito com duração de três horas, feito de forma eletrônica. Os aprovados passaram em seguida por exame oral para discussão de doenças, exame físico em que demonstram como avaliar um paciente com suspeita de fratura de fêmur ou com queixa de dor no braço, por exemplo, explica o também ortopedista Alberto N. Miyazaki, presidente da Comissão de Ensino e Treinamento (gestão 2010) da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, que coordenou o exame promovido.

Foram 570 candidatos vindos de todo o Brasil, explica Miyazaki, todos médicos formados e que concluíram residência em serviços de treinamento em ortopedia e traumatologia. Este ano, para que a prova fosse mais acurada, cada candidato teve que demonstrar proficiência num exame prático, durante o qual teve que mostrar sua habilidade em manipular uma fratura, em fazer uma sutura ou outro procedimento pedido pelos examinadores. O rigor da prova explica porque alguns candidatos são reprovados e precisam esperar outro ano e outra prova, para que possam obter o título de Ortopedista e Traumatologista.

A lista de candidatos aprovados está sendo enviada pela SBOT para a Associação Médica Brasileira, que emite o título de especialista o qual, emoldurado e geralmente exposto nos consultórios, indica aos pacientes que estão sendo atendidos por um ortopedista que foi considerado apto por uma sociedade médica das mais respeitadas no mundo. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Osvandré Lech, explica que o Brasil é um País que, embora de grandes dimensões, conta com um número suficiente de Ortopedistas. “Apesar dos altos índices de ocorrências, principalmente desastres de automóvel e motocicleta, fraturas decorrentes de brigas e assaltos e também de osteoporose, que aumenta à medida que a população envelhece, temos especialistas para atender à demanda”.

Para Osvandré, a fila de espera que se registra em alguns hospitais, onde há freqüentes queixas de pacientes que aguardam para operações ortopédicas, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo é decorrência da carência de investimentos em Saúde, da demora da aquisição de próteses e da falta de contratação e do mau pagamento dos ortopedistas, e não pela falta de profissionais. “A Medicina evolui rapidamente, hoje contamos com recursos que tornam muito mais rápida a recuperação e mais eficaz a reabilitação”, insiste o médico, mas essa Medicina de ponta exige da SBOT investimentos na educação continuada dos profissionais e do Poder Público mais investimentos em Saúde, pois a Medicina moderna é muito mais eficaz, mas também cara, conclui ele.

 

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