Durante o período de férias escolares, especialmente em julho, é comum que muitas famílias aproveitem para viajar, curtir piscinas ou seguir rumo ao Rio Araguaia e outros rios goianos para pescar e relaxar. Com o aumento dessas atividades recreativas, cresce o número de acidentes causados por mergulhos em águas rasas, uma prática que pode provocar lesões graves na coluna. A água, mesmo clara, pode enganar quanto à profundidade, e um salto de cabeça representa sério risco à saúde.
Segundo o ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Goiás (SBOT-GO), Dr. Frederico Barra, os principais afetados são jovens entre 10 e 29 anos. “As lesões variam desde traumas musculares leves até fraturas cervicais com potencial de comprometimento neurológico severo, como perda de força ou sensibilidade nos braços e pernas”, explica o médico.
De acordo com ele, um erro comum — e perigoso — é tentar movimentar a vítima após o acidente. “A manipulação inadequada pode agravar a lesão. O ideal é retirar a pessoa apenas da água, mantê-la imóvel e acionar imediatamente o socorro especializado”, orienta o ortopedista.
No hospital, o tratamento será determinado conforme a gravidade do trauma. Casos leves podem ser tratados com o uso de colar cervical, mas fraturas mais severas frequentemente exigem cirurgia — pela frente ou por trás do pescoço, ou até mesmo por ambas as vias.
Evite acidentes
Maneiras de evitar lesões medulares em águas rasas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna:
1 – Não mergulhe em águas turvas.
2 – Quando der um mergulho, não o faça de cabeça.
3 – Antes, entre na água em pé para se certificar sobre a profundidade.
4 – Não beba antes de mergulhar.
5 – Evite empurrar os amigos para dentro d’água.
6 – Não é recomendado testar os movimentos do acidentado, tentar levantá-lo ou sentá-lo, pois isso pode agravar uma possível lesão medular.
SERVIÇO
Pauta: Mergulho em águas rasas pode causar lesões graves na coluna
Quem responde: Dr. Frederico Barra, ortopedista e membro da SBOT-GO
Assessoria de Imprensa: Pequi de Ideias – Tatiana Cardoso (62) 9.9189-7178