ENTREVISTA – Grimaldo Martins Ferro


 Continuidade é o lema do presidente 2013/2014

 

 

Como o estatuto da Sbot estabelece que o presidente seja o vice-presidente da gestão anterior, isso possibilita que quem vai assumir a gestão seguinte conheça a fundo a Sociedade e entenda como é estar à frente de uma entidade. Esta é a avaliação do ortopedista Grimaldo Martins Ferro, que assume a regional goiana da Sbot no início de 2013. “Normalmente as pessoas que assumem a diretoria da Sbot, começam com um envolvimento com as outras diretorias. Com o passar do tempo, vai-se adquirindo experiência”, afirma. E é justamente este o caminho trilhado por Grimaldo Ferro. Confira a entrevista, na qual ele fala sobre este e muitos outros temas de interesse da especialidade.

Proximidade com a Sbot

Desde que terminei minha residência, comecei a me envolver com a instituição. Fiz parte da diretoria presidida pelo Newton Tristão como tesoureiro. E tenho sempre participado dos eventos e decisões da entidade. Como estou à frente do serviço de residência do IOG, estou sempre envolvido com os eventos científicos. Também participei de algumas comissões relacionadas às subespecialidades de pé e pediatria.

Regras estatutárias e transição

Existe uma orientação dentro da Sbot de fazer uma sequência de presidentes. O próximo presidente é o atual vice. Já fui eleito presidente de 2013/14 quando fui escolhido o vice do Paulo Silva em 2011/12. O José Umberto é o meu vice e consequentemente será o próximo presidente no período daqui a dois anos. Aliás, este é o último ano em que a direção da Sbot-GO será com mandato de dois anos. A partir do José Umberto será anual, à semelhança do que acontece com a nacional. É uma orientação da Sociedade nacional para que as regionais também se enquadrem neste período.

Planos para 2013/14

Atualmente, o relacionamento entre a regional e a nacional é muito bom e queremos mantê-lo e intensificá-lo. Temos alguns goianos na direção da nacional, como o Sandro Reginaldo, o Paulo Silva e há, ainda, o Robson Paixão, responsável pela Defesa Profissional da entidade. Além do relacionamento científico, que é bastante profícuo. Queremos continuar com as atividades paralelas das subespecialidades, como pé, tornozelo, quadril, ombro, etc. Temos, para maio do ano que vem, o Congresso Goiano de Ortopedia. Faremos um curso de atualização em ortopedia e ainda queremos realizar uma confraternização especial para o Dia do Ortopedista, que acontece em outubro. Estamos, também, procurando financiamento da nossa gestão. A parte financeira sempre nos preocupa muito. Estamos trabalhando para montar a melhor gestão para a nossa sede para acharmos a melhor forma de conduzi-la.

Defesa profissional

Hoje, temos uma comissão de defesa profissional, presidida pelo Flávio Kuroki. O profissional  deve ser sempre bem assessorado, pois às vezes ele entende muito bem de medicina mas deixa a desejar quantos aos aspectos políticos e públicos. Como temos o goiano Robson Paixão à frente da mesma comissão a nível nacional, queremos manter uma relação próxima a ele para que possamos trabalhar da melhor forma em honra ao ortopedista. Todo o ortopedista quer uma participação ativa da Sbot e é isso que queremos fazer: buscar melhores condições de trabalho e remuneração para o profissional. Mas não é tão simples. Não é papel apenas da regional, temos que nos inserir no conjunto. Assim, de forma efetiva podemos conseguir algo. É uma eterna discussão que acaba sempre chegando ao aspecto político. Temos que ter uma representatividade política para obtermos conquistas, para as quais é importante também a união das subespecialidades.

O papel da Sociedade

A Sociedade não pode se furtar de estar presente em tudo o que envolve o profissional. Tanto no aspecto político, administrativo, defesa profissional, bem como investir cada vez mais na área científica. Temos que agir junto às outras entidades, como associações médicas e de hospitais para trabalharmos juntos.

Congresso Goiano

Quando o Paulo Silva assumiu a presidência, realizamos o Congresso Goiano em Anápolis, para prestigiar o interior, mas este ano, traremos de volta para Goiânia. Queremos trazer pessoas de fora que representem a melhor qualidade da ortopedia em cada área, mesclando com a participação dos especialistas de Goiás.

Educação continuada

Queremos manter as atividades das subespecialidades e de suas comissões. Não queremos deixar lacunas. Para isso, criamos um representante para cada subespecialidade para que consigamos manter todos os clubes de forma organizada. Temos muitas atividades que envolvem não apenas a regional Goiás, mas todas as regiões do país. Temos que respeitar o calendário da nacional. Escolheremos as melhores datas para que nossos eventos não se choquem com os demais.

Ações junto à comunidade

A regional normalmente segue o cronograma da Sociedade brasileira. Nossas ações regionais possuem respaldo nacional. As regionais são os braços da nacional para que as campanhas tenham peso em todo o território. Temos uma reunião anual dos presidentes das regionais com o presidente da diretoria brasileira. Ano que vem acontecerá, no dia 9 de janeiro, antecedendo o TEOT de Campinas. É importante que toda entidade, e isso vale para todas as instituições, não se prenda apenas em ações em seu interior. Apesar de ter uma retórica política, tudo deve ter benefício para a população. É uma forma de valorizar não apenas o nosso trabalho mas a vida humana.

Princípios da gestão

Queremos realizar uma gestão eficiente. Queremos colocar representantes no interior de Goiás para unir os ortopedistas do interior conosco. Todos os ortopedistas goianos, sem exceção, devem-se sentir representados pela Sbot e devem ter liberdade para se manifestar. Às vezes sentimos que a direção da Sbot é um pouco solitária. O profissional fica envolvido com seu dia a dia, com sua subespecialidade e se distancia um pouco da direção regional. Tentaremos que todos façam parte deste trabalho. A grande função da nossa regional é representar os ortopedistas. Queremos fazer que as vontades e anseios dos especialistas apareçam de alguma forma e lutaremos para realizá-los.

Gestão comandada por Paulo Silva

Estive o tempo todo próximo do Paulo, que é uma pessoa muito franca e próxima dos ortopedistas. Ele esteve, neste dois anos, trabalhando por uma atualização científica forte. O Congresso Goiano e o Cotcob foram muito bem planejados. Tivemos um relacionamento com a nacional muito bom. Conseguimos um índice de aprovação excelente dos nossos serviços de residência. Foram realizados simulados para ajudar no treinamento dos residentes para passarem na prova de título. Manteremos isso nos próximos anos. Congregaremos as residências do Estado para que possamos manter um bom índice de aprovação como aconteceu nos anos anteriores. A gestão foi muito boa. A diretoria tentou ao máximo manter os ortopedistas os mais próximo possível. E é isso que queremos, que o ortopedista goiano sinta que vale a pena ser representado por uma Sbot regional. 

 

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